Pena ‘leve’ para assassino gera revolta e julgamento acaba em quebra-quebra e juiz escoltado em MS

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Familiares da uma mulher morta a marretadas pelo então marido, Benedito Antenor Eugênio, em 2013, em Dois Irmãos do Buriti, se revoltaram com o veredicto dado ao réu em julgamento na tarde desta sexta-feira (9). Ao entender que a pena não seria severa, promoveram quebra-quebra no fórum local e réu e advogado foram atacados.

O relato é do defensor José Marcos Maksoud Júnior. Ele conta que o cliente foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado, em razão do assassinato da esposa. No entanto, a defesa recorreu da pronúncia e conseguiu excluir a qualificadora e o crime passou a ser configurado como homicídio simples.

A sentença dada a Benedito pelo juiz Diogo Freitas foi de nove anos de prisão por homicídio simples. Porém, houve redução da pena em razão do entendimento do  homicídio privilegiado, ou seja, que Benedito cometeu o crime contra Adriana Souza de Oliveira sob violenta emoção.

”Neste caso, a pena caiu para sete anos e seis meses e com isso não se aplica o regime fechado e sim o semiaberto, levando em consideração que ele já cumpriu um ano e nove meses de prisão”, explicou Maksoud.

Sentença revoltou familiares de Adriana. (Foto: Reprodução Grande FM)

Conforme a testemunha, membros da família de Adriana partiram para cima do condenado e dele. Eles foram contidos e levados para fora do prédio. Lá, passaram a tacar pedras contra a fachada do fórum.

Ao deixar o local, a promotora de Justiça, Mariana Sleiman, o juiz Diogo Freitas e o advogado, Julio Maksoud só sairam de lá sob proteção policial.