Polícia investiga ligação entre ameaças e assassinato de mulher na fronteira

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A Polícia Civil vai investigar se existe ligação entre o assassinato de Caren Carolina Mendonza Gimenez, 27, e as ameaças feitas no mês passado contra o marido dela. De nacionalidade paraguaia, Caren foi morta a tiros no início da tarde de ontem (14) em Ponta Porã, na linha internacional com Pedro Juan Caballero (Paraguai).

Conforme boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia de Polícia, no dia 10 deste mês, ladrões furtaram as câmeras do circuito de segurança da casa onde Caren morava com o marido de 44 anos, na Rua Castorina L. Godoy, na Vila Maria Auxiliadora.

Quando percebeu que as câmeras não estavam captando imagens, o morador descobriu que os equipamentos tinham sido levados por desconhecido. Antes de furtar as câmeras, o autor passou três vezes em frente à casa.

Ao procurar a polícia para registrar o furto, o homem aproveitou para comunicar que estava sendo ameaçado. Ele contou que 20 dias antes recebeu ligação de número desconhecido dizendo deveria tomar cuidado e ir embora da cidade, pois “a doutora estava conversando com os clientes dela e vão te pegar”.

Por volta de 12h30 de ontem, Caren Mendoza seguia em um Kia Picanto prata com placa do Paraguai quando foi ferida a tiros na Rua Jorge Roberto Salomão, perto do Estádio Aral Moreira. Pelo menos três disparos atingiram a vítima, um deles no lado esquerdo do peito.

A mulher chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu no Hospital Regional de Ponta Porã. Inicialmente, havia informação de que o crime teria sido praticado por dois homens de moto, mas a Polícia Civil já descobriu que o atirador estava de carro e sozinho.

No dia em que denunciou as ameaças, o marido de Caren teria informado a identidade de dois supostos autores, que agora serão investigados pelo assassinato. Caren era natural de San Rosa del Aguaray, cidade a 203 km de Pedro Juan Caballero.

Militar do Bope preso por estuprar frentista em MS é afastado e está no presídio

O afastamento dele foi publicado em Diário Oficial na segunda-feira (14), mas assinado na última sexta-feira (11)

| MIDIAMAX


Delegadas Mariana e Elaine responsáveis pelas investigações. (Kísie Ainoã, Midiamax)

O Policial Militar do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Israel Giron Arguelho Carvalho, preso por estuprar uma frentista na saída de seu trabalho, na noite do dia 8 deste mês, em Campo Grande, foi afastado. Ele já está no presídio militar.

O afastamento dele foi publicado em Diário Oficial na segunda-feira (14), mas assinado na última sexta-feira (11), quando o policial foi preso em casa, no Bairro Ana Maria do Couto. “Transferir por inconveniência de permanência, o soldado do Bope para o Comando Geral/ Presídio Militar.”

Ele teve prisão temporária decretada na sexta-feira (11) e cumprida no mesmo dia. Ele foi preso, sozinho em casa no Bairro Ana Maria do Couto e levado para o Presídio Militar. “Ele se encontra preso. A investigação foi bastante exitosa, o setor tem trazido muitos frutos e foi criado para isso, trazer mais agilidade às investigações”, afirmou a Delegada Elaine Benicasa, titular da Deam.

Segundo a delegada, o policial usou a arma funcional para praticar o crime. O militar não explicou se escolheu a vítima aleatoriamente. Ainda não se sabe se há outras vítimas. Ainda segundo a polícia, o militar faz ‘bico’ de motorista de aplicativo, porém ela não era passageira, como ele havia dito, e sim foi abordada a pé quando saía do serviço.

O crime
A vítima que trabalha em um posto de combustível disse que tem o costume de voltar para casa a pé, já que não mora muito longe, e quando saiu por volta das 22 horas do serviço e estava caminhando foi abordada pelo desconhecido que estava em um veículo Fiat Mobi. Ele estava armado e a colocou no carro à força.

A mulher foi levada para um lugar ermo e escuro e estuprada pelo homem que a todo momento a ameaçava com a arma na cabeça. Depois de cometer o crime, o autor deixou a mulher na rua e fugiu. A vítima conseguiu anotar a placa e ligou para o seu chefe contando o que havia ocorrido.

O chefe ligou para a Polícia Militar que atendeu ao caso. A vítima foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) junto de familiares para registrar o boletim de ocorrência. Na delegacia, ela ainda disse que o homem a ameaçou dizendo que sabia onde ela morava.