Processo contra pastor que tentou beijar fiel e disse que ‘a carne é fraca’ é arquivado

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O pastor de 54 anos, denunciado por tentar beijar uma fiel a força em Nova Andradina, a 296 quilômetros de Campo Grande, aceitou transação penal mediante prestação pecuniária e o processo foi arquivado, após pagamento de valor referente a um salário mínimo – R$ 1,1 mil. O caso aconteceu em dezembro de 2020 e chegou à polícia em janeiro deste ano.

De acordo com o inquérito policial da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), o pastor se aproveitou, em várias ocasiões, para assediar a vítima. Segundo ela, os gestos eram abraços que se prolongavam, contato frente a frente, beijos seguidos e prolongados no rosto e sempre usando da palavra de Deus para o contato físico com a vítima.

Ainda conforme a fiel, em várias ocasiões ela precisou se esquivar para não ser beijada na boca pelo pastor. Casada, ela frequentava a igreja com o marido e no dia 2 de dezembro de 2020, ao estacionar o carro na rua lateral da igreja, o pastor estacionou na frente dela. Em seguida, pediu que ela o acompanhasse até o templo, para tratar de um projeto de doações.

A vítima estava preparada para gravar um áudio do assédio. O pastor então a levou até a sala de música e o escritório reformado, momento em que pegou álcool gel e passou nas mãos da vítima. Em seguida, a abraçou. “Gostoso, gostoso. Faz tempo que não recebia um abraço da minha irmã. Quem não gosta de carinho?”, disse o assediador.

O acusado ainda segurou a vítima pelo rosto, beijou os olhos e tentou beijar a boca da mulher, que se esquivou. No entanto, o suspeito acabou beijando a parte superior dos lábios da vítima. “Me perdoa, a gente fica animado, né? Eu me extrapolei, me empolguei. Desculpa aí, a carne é fraca”.

Conforme o site Jornal da Nova, após análise do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), foi verificado que o caso se inclui no rol dos chamados crimes de menor potencial ofensivo, com pena máxima que não ultrapassa dois anos. Assim, foi requerido que os autos fossem remetidos ao Juizado Especial Criminal.

Em audiência, o pastor aceitou a proposta oferecida pelo Ministério Público, de transação penal mediante a prestação pecuniária no valor de R$ 1,1 mil. O pagamento foi feito em 3 maio de 2021. E, por fim, foi requerida extinção da punibilidade.

Transação penal

O acordo firmado entre o réu e o Ministério Público, consiste no acusado aceitar cumprir pena antecipada de multa ou restrição de direitos e, com isso, o processo é arquivado.