Reforma de Reinaldo pode excluir Cultura, fundir pastas e ‘reconhecer aliados eleitorais’ de peso

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Com muitos aliados nas eleições de 2018, a promessa de ‘fazer mudanças’ nas secretarias estaduais estaria diretamente ligada a acomodações políticas que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve realizar em 2019. Aliados como o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) e o senador Pedro Chaves (PRB) devem integrar o governo.

A pasta da Cultura pode perder o status de Secretaria Estadual e vir a integrar a SED (Secretaria Estadual de Educação), conforme adiantam nos bastidores pessoas ligadas a articulação de uma nova formatação de estrutura de governo a ser apresentada.

Não reeleito, mas primeiro suplente da coligação com possibilidade de assumir a vaga deixada por Tereza Cristina (DEM), que vai para o Ministério da Agricultura, Resende pode deixar a chance de ocupar o cargo em Brasília para integrar a administração.

Neste caso, deixaria a vaga de deputada federal para Beatriz Cavassa (PSDB), de Corumbá. Segundo pessoas próximas ao governo, ‘em agradecimento ao apoio da cidade pantaneira aos votos para Reinaldo’. Bia não nega que haja até um ‘convite’ de Reinaldo a Geraldo. “Eu me sinto bastante honrada com a possibilidade de assumir uma vaga. Se o Geraldo não assumir e aceitar o convite do governador, estou à disposição”, comentou.

Outro interesse de Geraldo seriam as eleições de 2020, quando pretenderia concorrer a prefeito de Dourados e, por isso, preferiria ficar no Estado. “Ele [Reinaldo] já deixou claro que a gente vai exercer um papel importante dentro da formatação do novo governo”, disse o parlamentar ao Jornal Midiamax.

Chaves anunciou em setembro, pouco antes das eleições, que apoiaria Reinaldo, poucos dias após romper aliança com o PDT, do candidato ao governo Juiz Odilon. O fato foi divulgado nas redes sociais de Chaves e causou revolta aos membros do seu partido, que chegaram a pedir a expulsão do parlamentar.

Sem cargo em 2019, Pedro é cotado para assumir a Secretaria Estadual de Educação (SED). Já Geraldo assumiria a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Os atuais secretários deixariam o governo, após ‘pouco aparecerem’ durante o período de campanha tucana.

Outras mudanças

Guaraci Luiz Fontana, secretário da Sefaz (Secretaria Estadual Fazenda), entrou em férias nesta quarta-feira (7), com possibilidades de se aposentar e deixar a administração. No entanto, aliados acham difícil que ele deixe a pasta. “É um aliado de longa data de Reinaldo”, comentou um deles.

O ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, que também atuou na articulação política durante a campanha da reeleição, chegou a afirmar que dependia de Reinaldo para voltar ao primeiro escalão do Governo Estadual. Reinaldo não se manifestou oficialmente.

Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul) também poderia deixar a pasta a pedido de Tereza, que o chamaria para integrar o Ministério. A informação, no entanto, não é nem negada e nem confirmada pela assessoria da deputada.

Fora da Assembleia em 2019, Mara Caseiro (PSDB) também conta com o líder tucano para permanecer na Casa. Nesta semana, a deputada afirmou que conversará com o governador reeleito sobre a possibilidade de um dos eleitos assumir uma secretaria. Como primeira suplente da chapa, ela assumiria uma das cadeiras na Casa.

Secretário de Governo, Eduardo Riedel disse em entrevista ao Jornal Midiamax que as informações não serão confirmadas porque tudo está em estudo. “Estamos analisando, estudando tudo muito bem antes de decidir e de anunciar. Não vamos anunciar nada por enquanto”, limitou-se a comentar.