Riedel propõe prevenção ‘massiva’ para evitar mortes de mulheres

0

Em entrevista ao jornal da TV Morena nesta sexta-feira (14), o candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB) falou sobre planos para desenvolvimento sustentável das cidades, combate ao crime, geração de renda e “ser intolerante” com a violência contra crianças, adolescentes e mulheres. O candidato destacou que não bastam ações de punição, mas um trabalho massivo em especial nas escolas para prevenir a violência, evitando mortes por feminicídio.

“Temos que investir cada vez mais na formação continuada dos professores, porque o caminho é a prevenção. Não tem como combater a violência se não nas escolas e nas famílias. Temos que levar isso de maneira massiva às escolas, se não, a gente fica só na esfera do corretivo. É uma chaga da nossa sociedade, temos que trabalhar nisso de forma massiva”, disse Riedel.

O candidato destacou que a candidatura ao governo hoje é consequência de um engajamento, que há décadas têm tido, ao buscar melhorias para os setores privados por meio de diálogo junto ao governo. “Tenho uma trajetória e fui preparado para assumir responsabilidades. Temos que adotar tecnologia para gerar oportunidades às pessoas”, resumiu Riedel, que já foi secretário de infraestrutura e de governo, trabalhos que o ajudaram a levar à entrevista dados e informações pontuais da situação atual dos setores produtivos e municípios do Estado.

Bolsonarista – Um dos candidatos que apoia o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), Riedel disse que acha bom o Estado ter dois postulantes ao governo bolsonaristas, mas destacou que o mais importante é sua consciência em relação a responsabilidade que o cargo exige.

“Se em todo o Brasil tivéssemos mais candidatos ao lado de Bolsonaro, seria ótimo. Isso é bom para o Brasil, mas aqui não é uma disputa para ver quem é ‘mais bolsonaro’ e sim quem está mais preparado para assumir o cargo. Sei da minha responsabilidade se for eleito”, disse Riedel.

Educação – Ao ser questionado sobre o tema, Riedel fez questão de destacar que já firmou compromisso com a categoria, porque não quer ficar somente em “medidas eleitoreiras”, caso seja governador.

“Já me comprometi com a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) a igualar os salários de concursados e contratados e e criar um calendário de concursos para os quatro anos de mandato, ou seja, não vamos lançar um concurso de forma eleitoreira, mas teremos um cronograma para os quatro anos”, detalhou Riedel.

Desenvolvimento – Riedel falou ainda sobre planos para tornar Mato Grosso do Sul no primeiro Estado com o selo Carbono Neutro, pretensões de aprofundar o debate com o Conselho Estadual de Pesca e incentivos para alcançar as metas.

O candidato destacou que o governo tem que dar o exemplo e fazer sua parte, além de incentivar, lembrando que já está licitada a implantação de Centrais de Energia Elétrica Fotovoltaica, que geram economia com o dinheiro público e sustentabilidade, nos prédios do Governo do Estado.

“Temos que ter, cada vez mais, incentivos para quem adota processos produtivos sustentáveis. Esse é o caminho”, pontuou Riedel.

Segurança – Questionado sobre segurança e assassinatos nos municípios de fronteira, que chegaram a 177 neste ano, Riedel destacou avanços que já foram conquistados na área e destacou o papel da inteligência nos processos de prevenção e combate ao crime.

“Temos 1,5 mil quilômetros de fronteira. Não tem solução sem cooperação. O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) é fundamental e DOF (Departamento de Operações de Fronteira), que é um dos mais reconhecidos no País. A inteligência é fundamental e por isso temos batido recordes de apreensão de drogas em MS”, destacou Riedel.

Diálogo com deputados – Se eleito, Riedel pode ter maior facilidade para implementar os projetos no Estado, porque a bancada do partido será a maior entre os deputados estaduais, a partir do ano que vem. Sobre esse aspecto, o candidato fez uma comparação com o governo de Bolsonaro, que também conseguiu emplacar mais apoiadores e aliados no Congresso Nacional.

“Uma bancada grande ajuda, mas não irei interferir nos trabalhos dos deputados”, disse Riedel.