Roubo de cabelos foi planejado por policiais três dias antes

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O roubo da carga de cabelo humano avaliada em R$ 150 mil foi planejada três dias antes por dois policiais militares, um civil e um catador de recicláveis. O crime aconteceu na segunda-feira (17) em Corumbá, quando as vítimas voltavam da Bolívia. Os quatro envolvidos foram presos.

Conforme apurou o Campo Grande News, Antônio Domingues seria policial militar e também trabalharia com compra e venda de cabelos. Ele teria informado Fernando Navarros de Souza, colega de corporação, que ele levaria o casal de empresários – mulher de 30 e rapaz de 27 anos – para a Bolívia onde comprariam cabelos.

Em depoimento, Antonio contou que conhecia os dois policiais há muito tempo e que Fernando o teria procurado dias antes perguntando uma forma de ganhar dinheiro, ele entendeu que seria de forma ilícita, então contou sobre a carga de cabelo, detalhando os horários e trajeto que faria. Tudo então foi planejado entre os dois na sexta-feira (14).

Na segunda-feira, Fernando teria então aparecido no local do roubo junto com o policial civil Fábio Moreira da Silva e o catador de recicláveis Eric Silva Moura. Eles fizeram a abordagem ao veículo de Antonio, onde estava o casal de empresários e a carga de cabelos, e efetuaram o crime, fugindo em seguida.

Em depoimento, Eric afirmou que conheceu Fernando há quatro meses catando latinhas no bar que seria dele. Ele afirmou um outro homem no lixão tinha contado sobre as pessoas que buscavam cabelo na Bolívia e repassou a informação para o policial militar.

No dia 17 ele recebeu uma ligação de Fernando que em seguida foi buscá-lo junto com Fabio e contou que uma pessoa estaria vindo da Bolívia com uma carga de cabelos e que eles fariam o “enquadro”. O militar então ofereceu R$ 15 mil para que ele participasse do crime e contou que o motorista do outro carro já sabia do plano e pararia o veículo.

Fernando alegou que conhece Fábio há nove anos e que estava folga no dia 17 quando entrou em contato com ele por telefone relatando que Eric havia contato de um carro vindo da Bolívia com material ilícito, mas não sabia o que era. Ele disse que não pensou em comunicar nenhum superior porque o colega também era policial. O catador de recicláveis também foi junto por ter passado a informação. Foi dada ordem de parada do veículo, mas o condutor não obedeceu e fugiu por duas quadras até que fizeram a abordagem.

O militar afirma que ele e Fábio se identificaram como policiais e que não sacaram as armas em nenhum momento. Ele disse também que era o motorista do carro e que foi buscar o colega e o catador de recicláveis. Como o passageiro do outro veículo fugiu eles então fizeram a revista e encontraram o cabelo e apreenderam. Mas que não conduziu ninguém à delegacia por não saber se o transporte do produto configurava crime.

Em seu relato, Fábio alegou que estava almoçando na viatura quando Fernando chegou por volta das 12h sem nenhum aviso afirmando que havia recebido informações sobre um cara de São Paulo vindo com carga ilícita da Bolívia. Eles então foram buscar Eric, que seria o informante, e foram até uma rua próxima ao lixão fazer campana e ficaram lá por duas horas. O policial disse que também não comunicou nenhum superior por não saber se o fato tinha procedência e que queria fazer uma grande prisão para ser reconhecido na equipe de investigação.

Vítima – De acordo com o depoimento da vítima, mulher de 30 anos, ela e o marido vieram de São Paulo até Corumbá para vender a carga de cabelos para Antônio, que já seria cliente deles. Eles então combinaram de ir até a Bolívia por volta das 9h daquele e deixaram o produto no carro do militar, pois ele teria afirmado ser perigoso deixa-lo no veículo dos empresários.

No entanto, quando voltaram do país vizinho, foram abordados pelo Ônix vermelho com os outros três envolvidos. No banco do passageiro estava Eric que apontou uma arma de fogo para o veículo de Antônio, anunciando o roubo. Eles então desceram e foram até as vítimas na região do Bairro Nova Corumbá.

A mulher afirmou ainda que os outros dois ocupantes do veículo também estavam armados e o marido dela chegou a pedir que Antônio acelerasse o carro para fugir, mas ele negou alegando que havia uma valeta mais à frente. Eric então foi até o empresário com a arma de fogo e ordenou que ele ficasse de cabeça baixa e abrisse o porta-malas.

O trio não teria se identificado como policiais e dois deles estavam de boné e máscara cirúrgica e um deles de casaco com capuz. Eles colocaram a mala com cabelos no carro e então fugiram em alta velocidade. Uma viatura da Polícia Militar passava pelo local e as vítimas pediram socorro. Momentos depois foram informados que o trio havia sido preso.

Os quatro homens passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 18 de julho. Fábio teve o afastamento publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira. Conforme o texto da Corregedoria da Polícia Civil, a carteira funcional e a arma do investigador devem ser recolhidas e ele ter suas senhas de acesso ao sistema da corporação suspensas.

Além disso, terá as férias suspensas assim como avaliações para fins de promoção até o fim da medida imposta pela Justiça. Ele estava lotado na Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Corumbá. Sobre os outros dois policiais, não há informações sobre suspensão ou processo administrativo.

Roubo de cabelos foi planejado por policiais três dias antes

O roubo da carga de cabelo humano avaliada em R$ 150 mil foi planejado três dias antes por dois policiais militares, um civil e um catador de recicláveis. O crime aconteceu na segunda-feira (17) em Corumbá, cidade a 419 quilômetros de Campo Grande, quando as vítimas voltavam da Bolívia. Os quatro envolvidos foram presos.

Conforme apurou o site Campo Grande News, Antônio Domingues seria policial militar e também trabalharia com compra e venda de cabelos. Ele teria informado a Fernando Navarros de Souza, colega de corporação, que ele levaria o casal de empresários – mulher de 30 e rapaz de 27 anos – para a Bolívia, onde comprariam cabelos.

Em depoimento, Antônio contou que conhecia os dois policiais há muito tempo e que Fernando o teria procurado dias antes perguntando uma forma de ganhar dinheiro, ele entendeu que seria de forma ilícita, então contou sobre a carga de cabelo, detalhando os horários e trajeto que faria. Tudo então foi planejado entre os dois na sexta-feira (14).

Na segunda-feira, Fernando teria então aparecido no local do roubo junto com o policial civil Fábio Moreira da Silva e o catador de recicláveis Eric Silva Moura. Eles fizeram a abordagem ao veículo de Antônio, onde estava o casal de empresários e a carga de cabelos, e efetuaram o crime, fugindo em seguida.

Em depoimento, Eric afirmou que conheceu Fernando há quatro meses catando latinhas no bar que seria dele. Ele afirmou que um outro homem no lixão tinha contado sobre as pessoas que buscavam cabelo na Bolívia e repassou a informação para o policial militar.

No dia 17, ele recebeu uma ligação de Fernando que em seguida foi buscá-lo junto com Fábio e contou que uma pessoa estaria vindo da Bolívia com uma carga de cabelos e que eles fariam o “enquadro”. O militar então ofereceu R$ 15 mil para que ele participasse do crime e contou que o motorista do outro carro já sabia do plano e pararia o veículo.

Fernando alegou que conhece Fábio há nove anos e que estava folga no dia 17, quando entrou em contato com ele por telefone relatando que Eric havia contado de um carro vindo da Bolívia com material ilícito, mas não sabia o que era. Ele disse que não pensou em comunicar nenhum superior porque o colega também era policial. O catador de recicláveis também foi junto por ter passado a informação. Foi dada ordem de parada do veículo, mas o condutor não obedeceu e fugiu por duas quadras até que fizeram a abordagem.

O militar afirma que ele e Fábio se identificaram como policiais e que não sacaram as armas em nenhum momento. Ele disse também que era o motorista do carro e que foi buscar o colega e o catador de recicláveis. Como o passageiro do outro veículo fugiu, eles fizeram a revista, encontraram o cabelo e apreenderam. Mas que não conduziu ninguém à delegacia por não saber se o transporte do produto configurava crime.

Em seu relato, Fábio alegou que estava almoçando na viatura quando Fernando chegou, por volta das 12h, sem nenhum aviso, afirmando que havia recebido informações sobre um cara de São Paulo vindo com carga ilícita da Bolívia. Eles então foram buscar Eric, que seria o informante, e foram até uma rua próxima ao lixão fazer campana e ficaram lá por duas horas. O policial disse que também não comunicou nenhum superior por não saber se o fato tinha procedência e que queria fazer uma grande prisão para ser reconhecido na equipe de investigação.

Vítima

De acordo com o depoimento da vítima, mulher de 30 anos, ela e o marido vieram de São Paulo até Corumbá para vender a carga de cabelos para Antônio, que já seria cliente deles. Eles então combinaram de ir até a Bolívia por volta das 9h daquele dia e deixaram o produto no carro do militar, pois ele teria afirmado ser perigoso deixá-lo no veículo dos empresários.

No entanto, quando voltaram do país vizinho, foram abordados pelo Onix vermelho com os outros três envolvidos. No banco do passageiro, estava Eric, que apontou uma arma de fogo para o veículo de Antônio, anunciando o roubo. Eles então desceram e foram até as vítimas na região do Bairro Nova Corumbá.

A mulher afirmou ainda que os outros dois ocupantes do veículo também estavam armados e o marido dela chegou a pedir que Antônio acelerasse o carro para fugir, mas ele negou, alegando que havia uma valeta mais à frente. Eric então foi até o empresário com a arma de fogo e ordenou que ele ficasse de cabeça baixa e abrisse o porta-malas.

O trio não teria se identificado como policiais, dois deles estavam de boné e máscara cirúrgica e um deles de casaco com capuz. Eles colocaram a mala com cabelos no carro e então fugiram em alta velocidade. Uma viatura da Polícia Militar passava pelo local e as vítimas pediram socorro. Momentos depois, foram informados que o trio havia sido preso.

Os quatro homens passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 18 de julho. Fábio teve o afastamento publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira. Conforme o texto da Corregedoria da Polícia Civil, a carteira funcional e a arma do investigador devem ser recolhidas e ele ter suas senhas de acesso ao sistema da corporação suspensas.

Além disso, terá as férias suspensas assim como avaliações para fins de promoção até o fim da medida imposta pela Justiça. Ele estava lotado na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Corumbá. Sobre os outros dois policiais, não há informações sobre suspensão ou processo administrativo.