Veja o que se sabe sobre o caso da cabeleireira achada morta ao lado da filha

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nicialmente, uma amiga da cabeleireira havia dito que a vítima estava grávida de um mês e que teria descoberto a gestação uma semana antes do crime


Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo afirma que Sandra Maria Souza da Silva, de 34 anos, encontrada morta em casa no centro de São Paulo, no domingo (24), não estava grávida. A informação foi confirmada pela corporação após a vítima passar por exames no IML (Instituto Médico-Legal) Central nesta segunda-feira (25).

Inicialmente, uma amiga da cabeleireira havia dito que a vítima estava grávida de um mês e que teria descoberto a gestação uma semana antes do crime.

O principal suspeito do crime é o namorado de Sandra, que foi a última pessoa vista saindo do apartamento da vítima, carregando bolsas. Ele teve a prisão temporária pedida pela polícia nesta segunda.

De acordo com familiares, o casal estava terminando o relacionamento, e o homem, segundo eles, era muito ciumento.

O velório e o enterro da vítima serão no Cemitério Municipal Santo Antônio a partir das 10h30 desta terça-feira (26). A cerimônia de despedida vai ser rápida, com o caixão lacrado, devido ao avançado estado de decomposição do corpo.

Cabeleireira foi encontrada morta em casa
A irmã de Sandra havia combinado um almoço com ela e a encontraria na sexta-feira (22). No entanto, a cabeleireira não respondeu mais às mensagens desde então.

Por isso, a irmã da vítima ligou para a vizinha da cabeleireira e pediu que procurasse por ela no apartamento, que fica na rua Tabatinguera. Foi acionado um chaveiro, que conseguiu abrir a porta do local.

A vizinha entrou no imóvel e a encontrou sem vida, ao lado da filha, de 8 meses, que estava em um berço, desnutrida porque não se alimentava fazia dois dias.

A mulher foi achada morta em cima da cama, com várias marcas pelo corpo, e havia um forte odor no local.

A bebê foi encaminhada à Santa Casa de Misericórdia, e, após receber o atendimento médico, passa bem. Ela ficará sob a custódia da tia.

No apartamento, com exceção das manchas de sangue, os policiais não encontraram sinal de arrombamento nem móveis quebrados. O celular da vítima foi apreendido pela polícia.

O caso foi registrado como feminicídio na 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).

Investigação
O namorado de Sandra é mexicano e considerado o principal suspeito de ter cometido o crime. Ele é procurado pela polícia.

De acordo com a delegada Vanessa Guimarães, da 1ª Delegacia Seccional do Centro, ele usava quatro identidades falsas – entre elas a do colombiano Davi Rodrigues – para despistar as autoridades.

O suspeito tem antecedentes por furto e tráfico de drogas. Ainda segundo a delegada, ele está passando por um processo de extradição do país pela Polícia Federal em razão dos crimes que cometeu.

Ela também acredita que o suspeito tenha ingressado de forma ilegal no Brasil, pois não há registro de sua entrada no país.

Pai da bebê
Juan Camilo Fernandez Arevalo é ex-companheiro de Sandra e pai da bebê de 8 meses. Ele foi espontaneamente à delegacia, onde prestou depoimento acompanhado da atual namorada.

Segundo o boletim de ocorrência, “apurou-se que Sandra manteve relacionamento com Juan Camilo Fernandez Arevalo, pai de sua filha, com quem teria rompido, e depois teria passado a manter relacionamento com o suspeito”.

Foram requisitadas as imagens dos circuitos de segurança do condomínio em que ocorreu o crime, e a investigação continua.