Chega a 100 o número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul

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Já chega a 100 o número de pessoas mortas em consequência das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo da última semana. Segundo a Defesa Civil estadual, quatro óbitos estão sendo investigados para determinar se, de fato, foram causados por efeitos adversos das chuvas, como enxurradas, enchentes, inundações, deslizamentos e desmoronamentos.

De acordo com a Defesa Civil, há ao menos 128 pessoas desaparecidas em todo o estado. O boletim divulgado ao meio-dia desta quarta-feira (8) informa que cerca de 1,45 milhão de pessoas já foram afetados pelas consequências das chuvas em 417 municípios gaúchos.

Conforme o boletim, há 163.720 desalojados – pessoas que tiveram, em algum momento, que buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Muitas delas esperam o nível das águas baixar  para voltar para casa. E 66.761 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, precisaram se refugiar em abrigos públicos municipais. Ao menos 372 pessoas se feriram.

Meteorologistas preveem que parte do estado deve voltar a ser atingido por chuvas intensas e fortes rajadas de vento a partir de hoje. Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha, a faixa litorânea entre as cidades de Chuí, no Rio Grande do Sul, e Laguna, em Santa Catarina, pode ser afetada pela passagem de uma frente fria, com ventos de até 88 quilômetros por hora.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para que pessoas resgatadas de áreas atingidas pelas chuvas não retornem a estes locais. “O solo dessas localidades ainda está instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos’, disse a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil.

Quanto às chuvas previstas para começar hoje, Sabrina destacou que o alerta continua, especialmente da metade para baixo da Laguna dos Patos. ‘Em toda situação em que for identificado algum risco para a população, articularemos com o Poder Público municipal para que [as prefeituras] adotem as medidas previstas nos planos de contingências. Às vezes, há uma certa resistência [de parte da população, que não quer sair de casa], mas temos trabalhado para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de não se colocarem em situação de risco e ficarem atentas aos alertas.’

Governo envia água e caminhões para auxiliar famílias gaúchas

O percurso deve durar dois dias e meio. “A gente recebeu mapas. Algumas estradas que não podemos passar, porque estão interditadas


Governador acompanhou movimentação esta manhã para partida de novas equipes ao Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação/ Bruno Rezende)

Esta manhã, dois caminhões partiram de Campo Grande levando 10 pessoas e 30 mil copos descartáveis com água para distribuir às pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Desde o final da semana passada, o Executivo estadual tem enviado apoio, primeiro com equipes para ajudar no resgate de pessoas isoladas e animais, com um helicóptero e barcos do Governo.

Ainda está previsto o envio de técnicos da Sanesul para ajudar na retomada do abastecimento de água, suspenso em muitas cidades, diante dos alagamentos, e 19 médicos, insumos e alimentos, com mais caminhões.“Estamos trabalhando para apoiar o Rio Grande do Sul e os irmãos gaúchos no sentido de mobilizar suprimentos e pessoas para ajudar neste momento difícil”, afirmou o governador Eduardo Riedel esta manhã, na saída das novas equipes.

O percurso deve durar dois dias e meio. “A gente recebeu mapas. Algumas estradas que não podemos passar, porque estão interditadas. Estou em um grupo (online de mensagens) que informam como está, já sei aonde vamos trabalhar o que vamos fazer, o que está precisando”, explicou o capitão Carlos Roledo, chefe do departamento de logística da Defesa Civil de MS. O ponto de partida para a ação será Porto Alegre.

“O Estado deslocou primeiro as equipes de resposta (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), e agora estamos deslocando a parte da Defesa Civil. Com esse apoio entendemos que vamos auxiliar na parte da logística, no recebimento das doações e no direcionamento destes recursos a quem precisa”, apontou o coordenador estadual da Defesa Civil de MS, o coronel Hugo Djan.

O governo também lançou campanha de coleta de doações, com escolas estaduais como pontos de coleta e até o show do músico Toni Garrido, que será no domingo no Parque das Nações Indígenas. A Prefeitura da Capital também se mobilizou e há iniciativas da comunidade, como CTGs.


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