GRINGOS MIRANDO NOSSA AMAZÔNIA

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O governo da Noruega confirmou nesta 2ª feira (31.out) que está pronto pra reabrir o Fundo Amazônia, pelo qual o país contribuía com projetos de preservação da floresta. Em nota enviada ao SBT News, o Ministro do Meio Ambiente norueguês, Espen Eide, afirmou que teve “claros sinais da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva sobre iniciativas pra reduzir rapidamente o desflorestamento”.

 

O Brasil deixou de receber o dinheiro do Fundo em 2019. A Noruega, principal fonte dos recursos, tomou a decisão depois que a Alemanha, que é doadora minoritária, já tinha feito o mesmo. O Ministro do Meio Ambiente da época, Olav Evestuen, afirmou que “o Brasil quebrou o acordo com a Noruega e a Alemanha quando suspendeu a diretoria e o comitê técnico do Fundo”. Naquele ano, o desmatamento na Amazônia cresceu 85,3% em comparação a 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Na mensagem desta 2ª, o Ministro Eide afirma que “o Brasil tem uma posição única” e que os brasileiros “tem conhecimento científico, experiência e instituições preparadas pra conseguir resultados positivos rapidamente”. Além da Noruega, os governos da Alemanha, Canadá, Espanha e também a Comissão Europeia, braço executivo do bloco europeu, citaram a agenda climática em suas primeiras mensagens ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a agência France Presse, o governo norueguês tem R$ 2,5 bilhões prontos pra serem usados em projetos na Amazônia. É quase o mesmo valor investido entre 2004 e 2017. Neste período, houve uma queda de 75% no desmatamento da floresta e o valor captado por projetos chegou a R$ 3 bilhões, de acordo com o site do Fundo Amazônia.

O governo da Noruega classificou o resultado das eleições como “globalmente sifnificativo”. “Nós damos boas-vindas à volta do Brasil como parceiro global nos esforços pra reduzir o desflorestamento. Estamos prontos pra discutir oas passos necessários pra reabrir o Fundo Amazônia, juntamente com o próximo governo brsileiro e com a Alemanha”, afirmou Espen Eide.