Três morrem após explosão de veículo próximo a região de fronteira

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Três pessoas morreram e uma ficou ferida após explosão em Yby Yaú, no Paraguai. O local fica distante aproximadamente 100km da fronteira com o Brasil através de Mato Grosso do Sul.

As vítimas foram identificadas como Javier González Irala, Héctor Vera Florentin e Luiz Carlos Benitez Villalba. Eles estavam em um veículo quando ocorreu o fato. Edgar González, primo de Javier, ficou ferido e conseguiu socorro.

Conforme informado pela Polícia Nacional à imprensa daquele país, o caso ocorreu na noite de terça-feira (13/2), por volta das 19h20, em uma estrada vicinal entre as fazendas Mbarakaja’i e Paraíso, no distrito de Yby Yaú.

Segundo uma testemunha, o grupo foi vítima de emboscada feita com explosivos.

A Polícia Nacional, com o apoio da Força-Tarefa Conjunta (FTC), deslocou-se até o local do incidente para verificar a situação e resgatar o sobrevivente. Até o momento, a autoria e a motivação do ataque são desconhecidas, assim como o estado de saúde do sobrevivente.

Polícia de MS se revolta com desfile que apresentou policiais como demônios

O delegado André Matsushita, de Mato Grosso do Sul, usou a rede social Instagram para expressar revolta


A Aspras (Associação de Praças da Polícia Militar e Bombeiros Militares do Mato Grosso do Sul) publicou nota de repúdio, nesta terça-feira (13), contra a escola de samba Vai-Vai. Segundo a nota, o enredo apresentado na noite de sábado (10), no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, teve “bloco repugnante onde apresenta os policiais como demônios assassinos da periferia”.

O enredo tem sido alvo de muitas críticas pelos órgãos de segurança. Isso porque, a ala “Sobrevivendo no Inferno” trás uso de chifres que remetiam à figura de um demônio que usam capacetes e escudos como agentes de Choque da Polícia Militar.

Segundo a nota da Aspras, a ala trata os agentes da segurança como “demônio” e “enaltece criminosos como vítimas e heróis”. Ainda enfatiza: “As policias são a última barreira entre o bem e o mal, atacar quem defende a sociedade e defender criminosos só mostra de que lado está essa escola de samba”.

O delegado André Matsushita, de Mato Grosso do Sul, usou a rede social Instagram para expressar revolta. “Sabe porque não me levaram o óculos ainda ou meu telefone, porque tem polícia aqui para impedir, sabe porque você foi hoje lá no mercado e voltou, porque tem polícia para permitir e garantir sua segurança”, diz. “Aí você acorda hoje de manhã e vê que uma escola de samba fez um desfile colocando a polícia como demônio, diabo, e o bandido como santinho e anjinho, e um monte de gente nas arquibancadas aplaudindo isso. O que está acontecendo com a sociedade?”, questiona.

Em nota, a Vai-Vai disse que o enredo do Carnaval deste ano “tratou-se de um manifesto, uma crítica ao que se entende por cultura na cidade de São Paulo, que exclui manifestações culturais como o hip hop e seus quatro elementos – breaking, graffiti, MCs e DJs”.

Segundo a escola, “nesse contexto, foram feitos, ao longo do desfile, uma série de recortes históricos, como a semana de arte de 1922 e o lançamento do álbum Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MCs, em 1997”. A nota ainda aponta que, de acordo com a revista Rolling Stone Brasil, “que ranqueou o álbum na 14ª posição da lista dos 100 melhores discos da música brasileira, ‘Sobrevivendo no Inferno colocou o rap no topo das paradas, vendendo mais de meio milhão de cópias. Racismo, miséria e desigualdade social, temas nos discos anteriores, são aqui expostos como uma grande ferida aberta, vide Diário de um Detento, inspirada na grande chacina do Carandiru’”.

“Ou seja, a ala retratada no desfile de sábado, da escola de samba Vai-Vai, à luz da liberdade e ludicidade que o Carnaval permite, fez uma justa homenagem ao álbum e ao próprio Racionais MCs, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento”, completa a escola.

“Vale ressaltar que, nesse recorte histórico da década de 1990, a segurança pública no estado de São Paulo era uma questão importante e latente, com índices altíssimos de mortalidade da população preta e periférica. Além disso, é de conhecimento público que os precursores do movimento hip hop no Brasil eram marginalizados e tratados como vagabundo, sofrendo repressão e, sendo presos, muitas vezes, apenas por dançarem e adotarem um estilo de vestimenta considerado inadequado pra época. Ou seja, o que a escola fez, na avenida, foi inserir o álbum e os acontecimentos históricos no contexto que eles ocorreram, no enredo do desfile”, finaliza a Vai-Vai.

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