Mais de 100 mortes e impacto na economia: Passo Fundo chega a 5 meses de pandemia

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A semana que iniciou em 16 de agosto marca cinco meses do início da pandemia do coronavírus em solo passo-fundense. Desde 16 de março, a cidade teve sua rotina totalmente alterada em razão do vírus que assolou o mundo em 2020.

Nestes mais de 150 dias, Passo Fundo registrou mais de 100 mortes de Covid-19, além de mais de 5 mil casos confirmados, sendo 4,4 mil pessoas recuperadas, até o último boletim divulgado nesta quarta-feira (19).

O início da pandemia fez com que a cidade precisasse suspender atividades de trabalho, aulas nas escolas, naquele momento, por 15 dias, que posteriormente se transformaram em “quarentena”. O objetivo era evitar a disseminação do vírus, que já registrava mortes no Brasil. Era como se a cidade “desligasse” por uns dias para que o vírus, naquele momento, fosse controlado.

O fim de março foi o pontapé inicial para a leva de trabalho “home office”. A reportagem do Diário também aderiu ao trabalho de casa, para evitar contato na redação.

No início de abril, Passo Fundo registrou a primeira morte ocasionada pelo contágio do vírus. Neste mesmo mês, a cidade registrou o primeiro surto de coronavírus em lar de idosos, além de outro no frigorífico da JBS, que precisou ser interditado.

Os 15 dias de atividades suspensas se transformaram em 30, e depois, em 40. No entanto, o baque logo chegou para a economia e os setores pressionaram por um retorno responsável.

A partir disso, por meio de decretos, a Prefeitura de Passo Fundo liberou, aos poucos, a retomada de serviços considerados essenciais, para movimentar a economia local, sob restrições e cuidados.

Com diversas restrições, o comércio retornou repleto de medidas de segurança contra o coronavírus, como distanciamento entre pessoas, número limite de clientes de atendimento, utilização obrigatória de máscara e disponibilização de álcool gel.

Neste período, ações como confecção de máscara e doação de alimentos e roupas para quem passava por dificuldades financeiras em razão da pandemia foram noticiadas pelo Diário.

Além disso, setores da Vigilância em Saúde da Prefeitura de Passo Fundo e da Universidade de Passo Fundo trabalhavam com orientações por meio de teleagendamento e retirada de dúvidas sobre a doença.

No início de maio, o governo estadual iniciou o modelo de distanciamento controlado, separando as cidades por regiões e divididas por bandeiras, que liberavam ou restringiam atividades econômicas no Estado para controlar o vírus.

Desde o início, Passo Fundo sempre esteve em bandeira laranja, com risco médio de propagação do vírus, e bandeira vermelha, com risco alto. Muito disso ocorreu em razão das aglomerações realizadas, que são proibidas no período de pandemia. Neste período, também, Passo Fundo chegou a ser a cidade com mais óbitos por Covid-19 no Rio Grande do Sul.

Por outro lado, cada recuperação contra a Covid-19 foi comemorada nos hospitais da cidade.

Apesar da retomada da economia em Passo Fundo, muitas empresas acabaram demitindo funcionários, enquanto outras encerraram suas atividades por não suportar a crise. Houve também quem precisou se reinventar e criar alternativas para sobreviver em meio à pandemia.

O custo de produtos, sobretudo na alimentação, também sofreram impacto, assim como toda a economia.

Pensando nisso, a Prefeitura de Passo Fundo lançou, neste mês, um programa de qualificação e auxílio aos microempresários, também atingidos com a pandemia.

Passados cinco meses, a cidade voltou ao ritmo mais próximo da “normalidade”, mesmo em um período em que o vírus se mostra cada vez mais presente.

Nesta semana, Passo Fundo entrou em cogestão municipal, um modelo adotado entre governo estadual e Famurs. Mesmo na bandeira vermelha do distanciamento controlado, o sistema de cogestão libera algumas atividades de bandeira laranja.