PSB, PCdoB e PDT são aliados preferenciais do PT este ano, diz Gleisi

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Senadora também afirmou que será redigida pelo ex-presidente uma nova versão da “Carta aos Brasileiros”, com a intenção de dialogar com a população e acalmar o mercado financeiro.

© Adriano Machado / Reuters
A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou nessa terça (16), em entrevista publicada no jornal Valor Econômico, que será redigida uma nova versão da “Carta aos Brasileiros” voltada para a população, buscando o diálogo.
“Vamos deixar claro: não é uma carta dirigida ao mercado como em 2002. É dirigida ao país, ao povo. Vamos falar de como faremos para que o Brasil se desenvolva e retome seu crescimento”, afirmou Hoffmann. “Não precisamos dirigir nada ao mercado. O mercado já conhece o presidente Lula e como ele governa”, acrescentou.
A presidenta do PT ressaltou que não faz sentido o mercado ter qualquer temor ao Lula. Acrescentando que “o mercado já sabe que Lula tem responsabilidade política, fiscal e social”.
Gleisi adiantou que o programa de Lula terá como pilares a criação de emprego e renda, um impulso na disponibilidade de crédito e aumento no consumo interno.
“A economia não pode ser pensada só sob o olhar do mercado. Tem que incluir o povo”, explicou. “Emprego é um indicador importante da economia. Aumento de renda também. Aumento de crédito é muito importante, bem como aumento do consumo interno.”
Retomada de direitos
A presidenta do PT também foi enfática ao afirmar que será realizado um plebiscito para revogar todas as reformas aprovadas sob o governo de Michel Temer, como a PEC do teto de gastos e a Reforma Trabalhista.
“Todas as medidas que retiraram direitos serão derrubadas, se a população concordar. O presidente Lula se manifesta no sentido de chamar um plebiscito para revogar todas as medidas do governo Temer, como a PEC do teto de gastos e a reforma trabalhista”.
Ela destacou que “até o Henrique Meirelles [ministro da Fazenda] quer mudar a ‘regra de ouro’”, em referência às discussões no governo para alterar o dispositivo que evita que o governo aumente sua dívida para pagar despesas correntes.
Gleisi também apontou a possibilidade de reformas política e tributária, por meio de uma nova Constituinte. “A Constituinte é uma proposta que veio do Congresso do PT. O formato seria construído, mas temos claro que abordaria mudanças em toda a Constituição e a realização de reformas tributária e política”.
A presidenta do PT ainda aproveitou para criticar o processo injusto contra Lula, que será julgado em segunda instância no dia 24 de janeiro.
“A sentença de Moro tem muitos vícios e problemas jurídicos. Temos 122 juristas que assinaram um manifesto, do Brasil e de várias partes do mundo, contestando a decisão.”
Ela também disse que o partido está preparando uma autocrítica e, ao analisar os possíveis aliados para formar a chapa com o ex-presidente, senadora citou o PSB, PCdoB e PDT.

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