Tereza Cristina continua na oposição, mesmo com o “assédio” de Lula ao PP

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Apesar do “assédio” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao PP com o oferecimento de cargos federais e até ministérios para contar com o apoio da legenda no Congresso Nacional, a senadora Tereza Cristina (PP) garantiu ao Correio do Estado que ela e o partido em Mato Grosso do Sul vão continuar na oposição ao atual governo federal.

“O PP não vai aderir ao governo Lula, continuará na oposição. Alguns nomes do partido podem até ter cargos, mas será em caráter pessoal”, garantiu a parlamentar sul-mato-grossense, que é ligada ao ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), de quem foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Tereza Cristina completou que o PP não será da base governista, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. “Sou oposição ao governo Lula e continuarei a agir assim, como oposição responsável, votando no Senado a favor do Brasil”, reforçou.

Segundo apurou a reportagem, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AC), teria confidenciado a interlocutores que a sigla não aceita nada menos do que um ministério. Ele já teria repassado esse desejo ao presidente Lula, que terá de decidir qual pasta será oferecida ao PP, e o mais provável é que isso seja resolvido nos próximos 10 dias.

Especula-se que Lula pode oferecer o Ministério do Desenvolvimento Social e a presidência da Caixa Econômica Federal. Para os dois cargos, o partido tem os nomes de André Fufuca, para o ministério, e de Margarete Coelho, para a Caixa.

O governo de Lula está em negociações com partidos do Centrão para aumentar sua base de apoio no Congresso Nacional, e isso inclui destinar a chefia de ministérios para algumas siglas.
Para o Centrão, como o governo se predispôs a montar uma base parlamentar dando ministérios a partidos como MDB e PSD, seria lógico que essa mesma solução fosse dada para outras legendas.

CHAPADÃO DO SUL
Enquanto as negociações seguem a todo o vapor em Brasília (DF), em Mato Grosso do Sul, o PP continua se fortalecendo para as eleições municipais do próximo ano e, em Chapadão do Sul, o empresário Walter Schlatter assumiu a presidência do diretório municipal da sigla.

Ele aceitou o convite da senadora Tereza Cristina para disputar a prefeitura de Chapadão do Sul, já que o nome dele vem sendo ventilado há anos nos bastidores políticos do município.

Além de ser o atual presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Walter Schlatter é o principal diretor do Grupo Schlatter, que opera sete propriedades rurais em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Paraná, estado de origem do grupo.

A produção total de soja, milho e algodão soma 47,8 mil hectares por ano, em duas safras. Além da agricultura, em mais 6,5 mil hectares de pastos, são engordados para o abate 13 mil reses de bovinos da raça nelore.

No dia 17 de julho, Tereza Cristina formalizou a posse da nova executiva, que conduzirá as ações políticas do PP nos próximos anos. O objetivo é fortalecer as bases partidárias municipais e alcançar novos patamares de representatividade em Chapadão do Sul e nas demais cidades de MS.

Walter Schlatter destacou a honra de poder contribuir com o desenvolvimento do PP em Chapadão do Sul e afirmou compartilhar da visão de unidade e crescimento, destacando a meta de preparar o terreno para lançar candidatos fortes.

O empresário rural também confirmou a intenção de apresentar candidatos competitivos ao Legislativo e ao Executivo no pleito de 2024. A confirmação de seu nome para disputar a prefeitura era muito aguardada no meio político da cidade.

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