Vacina do Butantan: eficácia é de 78% em casos leves e 100% em graves

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A Coronavac tem taxa de eficácia de 78% em casos leves e de 100% em casos graves e moderados, anunciou o governo paulista nesta quinta-feira (7).

A informação foi obtida antecipadamente pelo colunista da CNN, Igor Gadelha. Os dados completos foram anunciados em entrevista coletiva no início desta tarde.

A taxa mínima recomendada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de 50%. Esses dados foram apresentados para a agência em reunião nesta manhã e o governo deve solicitar o uso emergencial do imunizante entre hoje e amanhã (8).

O pedido de registro permanente não será feito neste momento, como havia se proposto anteriormente. De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, essa solicitação só poderia ser feito junto da Sinovac.

“A expectativa é que logo que tenhamos a formalização da documentação, que possa ser oficializado o pedido. Não estamos fazendo o pedido de registro, porque tem que ser feito junto com a Sinovac. Estamos utilizando o mecanismo criado pela Anvisa para trazer a vacina a uso o mais rapidamente possível”, afirmou.

O Plano de Imunização estadual de São Paulo prevê o início da imunização para 25 de janeiro.

O governador João Doria (PSDB) aproveitou a fala de Dimas Covas para pedir à agência reguladora que mantenha sua autonomia e não ceda a pressões para desacelerar o processo.

“Que em nenhum momento [a agência] pense em atender a qualquer tipo de pressão ideológica ou de qualquer tipo para prejudicar a velocidade imperativa de oferecer a essa vacina a oportunidade de salvar vidas”, declarou.

O estado espera que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas nessa primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses até o fim de março. A prioridade será para profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais, grupos indígenas e quilombolas.

Dimas Covas disse que, até o momento, não foi observada nenhuma diferença entre a eficácia em idosos e em pessoas mais jovens.

A divulgação dos resultados já havia sido adiada duas vezes. Inicialmente, dados preliminares seriam anunciados em 15 de dezembro, mas o Butantan julgou que já havia números suficientes para anunciar o resultado final e adiou para o dia 23 do mesmo mês.

Daquela vez, a divulgação foi postergada novamente, citando limitações contratuais. A farmacêutica Sinovac teria pedido mais 15 dias para unificar os dados de eficácia dos testes clínicos em outros países.

No Brasil, a Coronavac foi testada em 16 centros de pesquisa clínica em sete estados e no distrito federal, com cerca de 13 mil voluntários, no total.

No último dia 30, chegou a São Paulo o sexto e último lote do imunizante. No total, quase 11 milhões de doses da vacina já foram entregues ao estado, além de insumos para produção nacional. O Butantan espera produzir 46 milhões de doses no total.

Vacinação contra covid-19 em Campo Grande pode ter início já no dia 25

Câmara de Vereadores pode instalar comissão de emergência para aprovar plano de imunização. Data planejada é a mesma de São Paulo

A prefeitura de Campo Grande já se articula na tentativa de começar a vacinação contra a covid-19 junto com o governo de São Paulo, no próximo dia 25 de janeiro. A Câmara de Vereadores pode instalar uma comissão de emergência para aprovar o plano de imunização.

O titular da Sesau (Secretaria Municipal de ), José Mauro Filho, se reuniu com vereadores na tarde de ontem (6). Além do presidente da Casa,  (), também participaram da conversa Júnior Coringa (), Delei Pinheiro (), William Maksoud () e Edu Miranda (Patriota).

Segundo o último, Campo Grande quer seguir o mesmo calendário de vacinação contra covid-19 do governo paulista. As prioridades seriam definidas no plano a ser votado.

Miranda disse ainda que uma eventual comissão de emergência deve contar com vereadores ligados à área da Saúde. Os nomes seriam definidos no começo da próxima semana. A comissão precisaria ser criada porque as atividades ordinárias da Câmara em plenário só voltam na segunda quinzena de fevereiro.

Vereadores, Reunião, Sesau, José Mauro Filho
Vereadores reunidos com o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho (Foto: Reprodução/Facebook)

Oficialmente, a Sesau evita cravar uma data para o início da vacinação. A pasta justifica que ainda depende da sinalização do Instituto Butantan sobre a disponibilidade de doses. Além disso, a secretaria diz que a criação da comissão de emergência não foi pedida pelo município, a menos a princípio.

Ainda em dezembro, o município enviou ao instituto uma proposta de intenção de compra de 347,8 mil doses da CoronaVac, produzida no laboratório paulista em parceria com a multinacional chinesa Sinovac. Hoje (7), o governo de São Paulo divulgou que a eficácia da vacina é de pelo menos 78%, podendo chegar a 100% contra o desenvolvimento de sintomas graves da covid-19.

Campo Grande espera receber uma primeira remessa destas doses – 121 mil – ainda este mês. Conforme pré-calendário, o restante seria entregue entre fevereiro e março.